sábado, 24 de setembro de 2011

A Graça Comum – Os bons samaritanos “atacam” novamente.



É só olhar as noticias sobre as tragédias na região serrana do Rio, iremos entender o que está acontecendo, uma avalanche de solidariedade de milhares de pessoas “incrédulas” (bons samaritanos). Infelizmente os evangélicos de hoje, em sua maioria, rejeitam o estudo da teologia sistemática. Como conseqüência disso acabam formulando sua própria teologia, que, quase sempre, é superficial e sem fundamento bíblico. Um assunto muito mal entendido é a questão das obras dos incrédulos. Tudo o que eles fazem são ruim? Uma mão estendida, uma música, um livro... são todos eles intrinsecamente maus? Deus abençoa os ímpios? São assuntos que precisamos entender. Abaixo segue um estudo que fiz a respeito. Vale a pena.

A Graça Comum (Explicação e base bíblica)

A) Introdução e definição: Quando Adão e Eva pecaram, tornaram-se réus da punição eterna e da separação de Deus (Gênesis 2:17). Do mesmo modo, hoje, quando os seres humanos pecam, eles se tornam sujeito à ira de Deus e à punição eterna: “o salário do pecado é a morte” (Romanos 6:23). Isso significa que, uma vez que as pessoas pecam, a justiça de Deus requer somente uma coisa — que elas sejam eternamente separadas de Deus, alienadas da possibilidade de experimentar qualquer bem da parte dEle, e que elas existam para sempre no inferno, recebendo eternamente apenas a Sua ira. De fato, isso foi o que aconteceu aos anjos que pecaram e poderia ter acontecido exatamente conosco também: “Pois Deus não poupou aos anjos que pecaram, mas os lançou no inferno, prendendo-os em abismos tenebrosos a fim de serem reservados para o juízo” (2 Pedro 2:4). Mas, de fato, Adão e Eva não morreram imediatamente (embora a sentença de morte começasse a ser aplicada na vida deles no dia em que pecaram). A execução plena da sentença de morte foi retardada por muitos anos. Além disso, milhões de seus descendentes até o dia de hoje não morrem nem vão para o inferno tão logo pecam, mas continuam a viver por muitos anos, desfrutando bênçãos incontáveis nesta vida. Como pode ser isso? Como Deus pode continuar a conferir bênçãos a pecadores que merecem somente a morte — não somente aos que finalmente serão salvos, mas também a milhões que nunca serão salvos, cujos pecados nunca serão perdoados?

A respostas a essas perguntas é que Deus concede-lhes graça comum. Podemos definir graça comum da seguinte maneira: Graça comum é a graça de Deus pela qual Ele dá às pessoas bênçãos inumeráveis que não são parte da salvação. A palavra comum aqui significa algo que é dado a todos os homens e não é restrito aos crentes ou aos eleitos somente.

Diferentemente da graça comum, a graça de Deus que leva pessoas à salvação é muitas vezes chamada “graça salvadora”. Naturalmente, quando falamos a respeito da “graça comum” e da “graça salvadora”, não estamos sugerindo que há duas diferentes espécies de graça no próprio Deus, mas apenas estamos dizendo que a graça de Deus se manifesta no mundo de duas maneiras diferentes. A graça comum é diferente da graça salvadora quanto aos resultados (ela não traz salvação), seus destinatários (é dada aos crentes e descrentes igualmente) e sua fonte (ela não flui diretamente da obra expiatória de Cristo, visto que a morte dEle não obtém nenhuma medida de perdão para os descrentes e, portanto, nem os crentes nem os descrentes fazem jus às suas bênçãos). Contudo, sobre o último ponto, deve ser dito que a graça comum flui indiretamente da obra redentora de Cristo, porque o fato de Deus não julgar o mundo assim que o pecado entrou nele talvez seja apenas porque Ele planejou finalmente salvar alguns pecadores por meio da morte de Seu Filho.

B) Exemplos de graça comum: Se olhamos para o mundo ao nosso redor e o contrastamos com o fogo do inferno que ele merece, podemos ver imediatamente a abundante evidência da graça comum de Deus em milhares de exemplos na vida diária. Podemos distinguir diversas categorias específicas nas quais essa graça comum pode ser vista.

A esfera física: Os descrentes continuam a viver neste mundo somente por causa da graça comum de Deus — cada vez que as pessoas respiram é pela graça, pois o salário do pecado é a morte, não a vida. Além disso, a terra não produz somente espinhos e ervas daninhas (Gênesis 3:18), nem permanece um deserto ressequido, mas a graça comum de Deus provê comida e material para roupa e abrigo, muitas vezes em grande abundância e diversidade. Jesus disse: “Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem, para que vocês venham a ser filhos de seu Pai que está nos céus. Porque Ele faz raiar o seu sol sobre maus e bons e derrama chuva sobre justos e injustos” (Mateus 5:44,45). Aqui Jesus apela para a abundante graça comum de Deus como encorajamento aos seus discípulos, para que eles também concedam amor e orem para que os descrentes sejam abençoados (cf. Lucas 6:35,36). Semelhantemente, Paulo disse ao povo de Listra: “No passado [Deus] permitiu que todas as nações seguissem os seus próprios caminhos. Contudo. Deus não ficou sem testemunho: mostrou sua bondade, dando-lhes chuva do céu e colheitas no tempo certo, concedendo-lhes sustento com fartura e um coração cheio de alegria” (Atos 14:16,17). O Antigo Testamento também fala da graça comum de Deus que vem aos descrentes tanto quanto aos crentes. Um exemplo específico é o de Potifar, o capitão da guarda do Egito que comprou José como escravo: “o Senhor abençoou a casa do egípcio por causa de José. A bênção do Senhor estava sobre tudo o que Potifar possuía, tanto em casa como no campo” (Gênesis 39:5). Davi fala de modo muito mais geral a respeito das criaturas que o Senhor fez:

“O Senhor é bom para todos; a sua compaixão alcança todas as suas criaturas. [...] Os olhos de todos estão voltados para ti, e tu lhes dás o alimento no devido tempo. Abres a tua mão e satisfazes os desejos de todos os seres vivos” (Salmos 145:9,15,16).

Estes versículos são outro lembrete de que a bondade que é encontrada em toda a criação não acontece automaticamente — ela se deve à bondade de Deus e Sua compaixão.

A esfera intelectual: Satanás é “mentiroso e pai da mentira” e “não há verdade nele” (João 8:44), porque lhe foi dado ter domínio sobre o mal e sobre a irracionalidade e comprometimento com a falsidade que acompanha o mal radical. Mas os seres humanos no mundo de hoje, mesmo os descrentes, não estão totalmente entregues à mentira, irracionalidade e ignorância. Todas as pessoas são capazes de ter um pouco de compreensão da verdade; de fato, algumas possuem grande inteligência e entendimento. Isso também deve ser visto como resultado da graça comum de Deus. João fala de Jesus como “a verdadeira luz, que ilumina todos os homens” (João 1:9), pois, em seu papel como criador e sustentador do universo (não particularmente em seu papel como redentor), o Filho de Deus concede iluminação e entendimento que vêm a todas as pessoas no mundo.

A graça comum de Deus na esfera intelectual é vista no fato de que todas as pessoas têm certo conhecimento de Deus: “porque, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças” (Romanos 1:21). Isso significa que há um senso da existência de Deus e muitas vezes a fome de conhecer Deus que Ele permite que permaneça no coração das pessoas, embora isso resulte muitas vezes em muitos religiões diferentes criadas pelos homens. Portanto, mesmo quando falando a pessoas que sustentavam religiões falsas, Paulo pôde encontrar um ponto de contato com respeito ao conhecimento da existência de Deus, exatamente como fez quando falou aos filósofos atenienses: “Atenienses! Vejo que em todos os aspectos vocês são muito religiosos [...] o que vocês adoram, apesar de não conhecerem, eu lhes anuncio” (Atos 17:22,23).

A graça comum de Deus na esfera intelectual também resulta na capacidade de captar a verdade e distingui-la do erro e de experimentar crescimento em conhecimento que pode ser usado na investigação do universo e na tarefa de dominar a terra. Isso significa que toda ciência e tecnologia desenvolvida pelos não-cristãos é resultado da graça comum, permitindo-lhes fazer descobertas e invenções incríveis, para desenvolver os recursos do planeta na criação de muitos bens materiais, para produção e distribuição desses recursos e para alcançar habilidades na obra produtiva. Em sentido prático, isso significa que, cada vez que entramos em uma mercearia, andamos em um automóvel ou entramos em uma casa, devemos lembrar que estamos experimentando os resultados da abundante graça comum de Deus derramada tão ricamente sobre toda a raça.

A esfera moral: Pela graça comum Deus também refreia as pessoas de serem tão más quanto poderiam. Novamente o reino demoníaco, totalmente dedicado ao mal e à destruição, proporciona um contraste claro com a sociedade humana, na qual o mal é claramente refreado. Se as pessoas persistem dura e repetidamente em seguir o pecado durante o curso de sua vida, Deus finalmente as entregará ao maior de todos os pecados (cf. Salmos 81:12; Romanos 1:24,26,28), mas no caso da maioria dos seres humanos eles não caem nas profundezas às quais seus pecados normalmente os levariam, porque Deus intervém e coloca freio na sua conduta. Um refreamento muito eficaz é a força da consciência. Paulo diz: “De fato, quando os gentios, que não têm a Lei, praticam naturalmente o que ela ordena, tornam-se lei para si mesmos, embora não possuam a Lei; pois mostram que as exigências da Lei estão gravadas em seu coração. Disso dão testemunho também a sua consciência e os pensamentos deles, ora acusando-os, ora defendendo-os” (Romanos 1:32). E em muitos outros casos, essa sensação interior da consciência leva os indivíduos a estabelecer leis e costumes na sociedade que são, em termos da conduta exterior que eles aprovam ou proíbem, totalmente iguais às leis morais da Escritura. As pessoas muitas vezes estabelecem leis ou têm costumes que respeitam a santidade do casamento e da família, protegem a vida humana e proíbem o roubo e a falsidade no falar. Por causa disso, elas muitas vezes seguem caminhos moralmente retos e exteriormente andam conforme os padrões morais encontrados na Escritura. Embora a conduta moral delas não possa ganhar méritos com Deus, visto que a Escritura claramente diz que “diante de Deus ninguém é justificado pela Lei” (Gálatas 3:11) e “Todos se desviaram, tornaram-se juntamente inúteis; não há ninguém que faça o bem, não há nem um sequer” (Romanos 3:12), contudo, em algum sentido menor que ganhar a aprovação ou o mérito eterno de Deus, os descrentes realmente fazem “o bem”. Jesus sugere isso quando diz: “E que mérito terão, se fizerem o bem àqueles que são bons para com vocês? Até os 'pecadores' agem assim” (Lucas 6:33).

A esfera da criatividade: Deus distribuiu medidas significativas de capacidade em áreas artísticas e musicais, assim como em outras esferas nas quais a criatividade e a habilidade podem expressar-se, como praticar esportes, cozinhar, escrever, e assim por diante. Além disso, Deus nos dá a capacidade de apreciar a beleza em muitas áreas da vida. E nessa área, assim como na esfera física e intelectual, as bênçãos da graça comum são às vezes derramadas sobre os descrentes até mais abundantemente que sobre os crentes. Todavia, em todos os casos, ela é resultado da graça de Deus.


A Parábola do Bom Samaritano é uma famosa parábola do Novo Testamento que aparece unicamente no Evangelho de Lucas (10:25-37). Foi contada por Jesus a fim de ilustrar que a compaixão deveria ser aplicada a todas as pessoas, e que o cumprimento do espírito da Lei é tão importante quanto o cumprimento da letra da Lei. Jesus coloca a definição de próximo num contexto mais amplo, além daquilo que as pessoas geralmente consideravam como tal.


Texto extraido de: www.julianofabricio.com/2011/01/graca-comum-os-bons-samaritanos-atacam.html

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Tudo bem não estar bem




Cristo nos permite estar bem não estando bem. Na verdade, nós sabemos que não estamos bem – embora tentemos arduamente convencer a nós mesmo e às outras pessoas de que estamos sempre bem. Mas Cristo nos diz: “Relaxa, está terminado. A pressão está eliminada.”

Por causa do evangelho, não temos nada para provar ou proteger. Nós podemos parar de fingir. Podemos tirar as nossas máscaras e sermos verdadeiros. O evangelho nos liberta de tentarmos impressionar as pessoas, satisfazer as pessoas, medir as pessoas ou provar quem somos para as pessoas. O evangelho nos liberta do fardo de tentar controlar o que as pessoas pensam sobre nós. Ele nos livra da perseguição miserável e insaciável de fazer algo de nós mesmo usando os outros.

O evangelho nos livra do que um escritor chama de “a lei da capacidade” – a lei “que nos julga deficiente se não somos capazes, se não sabemos lidar com tudo isso, se não somos competentes para equilibrar os nossos compromissos diversos sem nenhum deslize.” O evangelho nos garante a força de admitir que somos fracos, necessitados e inquietos – sabendo que o trabalho terminado de Cristo provou ser toda a força, satisfação e paz que poderíamos querer, e muito mais. Uma vez que Jesus é a nossa força, nossa fraqueza não ameaça nosso senso de valor e nosso senso do que vale a pena. Agora, estamos livres para admitir nossos erros e fraqueza sem sentirmos como se nossa carne estivesse sendo tirada de nossos ossos.

Uma vez que Jesus é a nossa força, nossa fraqueza não ameaça nosso senso de valor e nosso senso do que vale a pena.

O evangelho nos liberta do desejo de auto-ganho, do desejo de nos impulsionar para os nossos próprios propósitos, agenda e auto-estima. Quando você entende que o seu significado, segurança e identidade estão ancorados em Cristo, você não precisa ganhar – você está livre para perder. E nada nesse mundo caído pode abater uma pessoa que não tem medo de perder! Você será livre para dizer coisas loucas, arriscadas e contra-intuitivas como “O viver é Cristo e o morrer é lucro!”

Agora você pode passar sua vida dando o seu lugar a outros ao invés de guardá-lo deles – porque a sua identidade está em Cristo, não no seu lugar.

Agora você pode passar sua vida indo para o segundo plano ao invés de tomar a frente - porque a sua identidade está em Cristo, não em sua posição.

Agora você pode passar sua vida dando, não recebendo – porque a sua identidade está em Cristo, não em suas posses.

Real, pura e inalterada liberdade acontece quando os recursos do evangelho esmagam qualquer sentido de necessidade de assegurar para mim alguma coisa a mais do que aquilo que Cristo já assegurou.


terça-feira, 13 de setembro de 2011

Uma igreja que faz festas de aniversário para prostitutas

Uma festa surpresa incomum

“Morte lenta”, 3h da madrugada

Tony Campolo conta de uma vez que estava pregando em Honolulu, no Havaí. Campolo vive na costa leste dos Estados Unidos, então seu corpo estava 6 horas à frente do horário havaiano. Às 3 horas da madrugada, era como se fosse 9h pra ele. Acordado e com fome para o café da manhã, ele se viu de madrugada em uma lanchonete “morte lenta”. Assim que deu a primeira mordida no seu donut, oito ou nove prostitutas entraram na lanchonete. O horário de trabalho estava acabando. A conversa do grupo era alta e barulhenta, era difícil não prestar atenção. Ela ouviu uma dizer a outra que era o aniversário dela no dia seguinte. “O que você quer de mim? Um bolo de aniversário?”, foi a resposta sarcástica. “Por que essa grosseria?”, ela respondeu. “Só estou dizendo. Eu não espero nada. Eu nunca tive uma festa de aniversário. Não estou esperando uma agora”. Quando Campolo ouviu isso, tomou sua decisão.

Quando as mulheres saíram, ele foi até o dono da lanchonete, um rapaz chamado Harry. “Elas vem sempre aqui?”. “Sim”, disse Harry. “Até aquela que estava sentada perto de mim?” “Sim, aquela é a Agnes. Por que você quer saber?” “Porque eu ouvi ela dizendo que é o aniversário dela amanhã, e eu pensei em fazermos uma festa surpresa”. Pausa. Então Harry esboçou um sorriso. “Essa seria uma boa ideia”. Não demorou muito para a esposa dele se envolver no plano também.

Em seguida

2h30 da madrugada seguinte. Campolo trouxe enfeites e Harry assou um bolo. A notícia se espalhou e era como se todas as prostitutas de Honolulu estivessem na lanchonete – além de Campolo, o pregador. Quando Agnes entrou com suas amigas, elas ficou pasma. Sua boca ficou aberta e os joelhos vacilaram. Ao sentar-se em um banquinho, todos cantaram “Parabéns pra você”. “Apaga as velinhas!”, alguém gritou, mas no fim das contas, foi Harry que teve que apagar. Então ele estendeu uma faca para ela. “Corte o bolo, Agnes, pra que a gente possa comer”. Ela olhou para o bolo. Então disse, vagarosamente, “Será que dá… se vocês não se importarem… pra esperar um pouco… pra comer o bolo?” “Claro, sem problema”, disse Harry. “Pode levar pra casa, se você quiser” “Posso?”, ela perguntou. “Posso levar pra casa agora? Eu já volto”. E lá foi ela, carregando seu bolo.

Que tipo de igreja

O silêncio reinava. Então Campolo disse “Que tal orarmos?”. E eles oraram. Campolo dirigiu um grupo de prostitutas em oração às 3h30 da madrugada. Quando terminaram, Harry disse “Ei, você nunca me contou que era algum tipo de pregador. A qual igreja você pertence?”. Campolo respondeu “Eu pertenço a uma igreja que faz festas de aniversário para prostitutas às 3h30 da madrugada”. Harry ficou em silêncio por um tempo, e depois resmungou, “Não, não é verdade. Não existe uma igreja assim. Se existisse, eu me juntaria a ela. Eu ia querer fazer parte de uma igreja assim”.

Campolo conclui seu relato:
Nós também não queremos fazer parte de uma igreja assim? Não amaríamos uma igreja que faz festas de aniversário para prostitutas às 3h30 da madrugada? (…) Mas qualquer um que lê o Novo Testamento descobrira que Jesus gostava de estar com prostitutas e todo tipo de gente excluída. Os coletores de impostos e os “pecadores” amavam estar com ele porque ele se reunia com eles. Os leprosos viam nele alguém que comia e bebia com eles. E enquanto algumas pessoas solenemente piedosas não entendiam o que ele estava fazendo, essas pessoas solitárias que normalmente não eram convidadas para festas o receberam com grande entusiasmo.


domingo, 4 de setembro de 2011

Diversidade na Unidade



Pensando sobre as diferenças e união.

Há algum tempo tenho contemplado e me maravilhado com a indispensável e essencial importância de estar e viver em união em meio às diferenças ao que se trata de SERMOS HUMANOS.

Significado das Palavras Diversidade e Unidade

Diversidade - di. ver.si.da.de
sf (lat diversitate) 1 Qualidade daquele ou daquilo que é diverso. 2 Diferença, des­semelhança: Diversidade de interpretações. 3 Variedade: Diversidade de dons

Unidade - u.ni.da.de
sf (lat unitate) 1 Qualidade do que é uno, unido ou único.

Ao viver uma vida cristã muitas vezes esquecemo-nos desta nossa condição Ser Humano, correndo um grande perigo de agirmos em EXTREMOS. É importante entendermos que quando se aceita Jesus e se vive um reconhecimento da Graça Salvadora (Favor imerecido) continuamos a ser humanos.

Romanos 3.23-24 Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus;  sendo justificados gratuitamente pela sua graça, mediante a redenção que há em Cristo.

A consciência que devemos ter é que Cristo já fez o que havia de ser feito por nós sem merecermos, e isso de nenhuma maneira anula a condição de SERMOS HUMANOS, mais de sermos  livres através dele da Escravidão e morte Eterna.
Quando nos esquecemos disso ou muitas vezes não sabemos disso, passamos a viver em Extremos. Parece que para vivermos a realidade Cristã temos que rejeitar ou se esconder das pessoas que não tem as mesmas características que nós ou não expressam da mesma forma as suas ideias ou ainda não se entregaram a Cristo ,como se fossemos os donos da verdade e Juízes da Moral absoluta. Ficamos Presos aos nossos próprios conceitos usando mascaras de Cristãos e com o passar do tempo esse isolamento começa a realmente mostrar a nós mesmos a nossa solidão e aprisionamento em uma Utopia Religiosa para tentarmos ser aquilo que não somos.
Por sermos humanos temos muitas diferenças; diferença no falar, vestir, expressar, diferenças na personalidade, no olhar, no sorrir, no brincar, no sentir, no chorar, nos dons e tantas outras, as diferenças não são impedimento para viver o Cristianismo mais a essencial forma de sermos IGREJA. (Corpo de Cristo)

1 Coríntios 12.12 .Ora, assim como o corpo é uma unidade, embora tenha muitos membros, e todos os membros, mesmo sendo muitos, formam um só corpo, assim também com respeito a Cristo.

Nem todos os membros do corpo são iguais. Diferenças

Visto que o corpo é uma unidade de varias diferenças.

1 Coríntios 12.13. Pois em um só corpo todos nós fomos batizados em um único Espírito: quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um único Espírito.
Efésios 4.4-6  umcorpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; Um só Senhor, uma só fé, um só batismo; Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos vós.
Efésios 4.3 . Façam todo o esforço para conservar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz.

Efésios 4.15-16 Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo. Dele todo o corpo, ajustado e unido pelo auxílio de todas as juntas, cresce e edifica-se a si mesmo em amor, na medida em que cada parte realiza a sua função.

Cristo em seu incomparável e eterno amor não fez distinções ao se entregar por nós, ele nos amou mesmo sendo diferentes e sendo aquilo que somos antes mesmo de nós o conhecermos. Fazendo-nos participantes e nos chamando a ser um só Corpo (Unidade).
Que possamos ter essa consciência de que é essencial vivermos em união, construindo laços de amizade saudáveis, conhecendo pessoas, estando prontos a aprender e se alegrar, e também ensinar em meio as nossas tantas diferenças, não fazendo distinções e tendo consciência daquilo que somos e realmente assumir o papel de vivermos Unidos por um Amor que nos faz UM em Cristo Jesus.

1João 3.16 . Conhecemos o amor nisto: que ele deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos.
Viver Diversidade na Unidade. Liberdade e Equilíbrio Cristão!